“Dar é mais bem-aventurado que receber”
Atos 20.35
Durante a Segunda Guerra Mundial, a escritora holandesa Corrie Ten Boom, juntamente com sua família, salvou a vida de muitos judeus que estavam em seu país, escondendo-os dos nazistas em sua própria casa. Por causa disto, em fevereiro de 1944, ela e toda sua família foram presos pelos alemães e encaminhados para os campos de concentração, onde seu pai e sua irmã acabaram morrendo. Corrie foi solta por engano, um dia após o natal de 1944. Ela morreu em 1983, no dia do seu aniversário de 91 anos. Apesar de sua longevidade, ela acreditava que “não se mede uma vida pela sua duração, mas pela sua doação” (Citado por Billy Graham. Em: A caminho de casa: vida, fé e como terminar bem. São Paulo: Europa, 2012. p. 45). Nem mesmo o sofrimento causado pelos nazistas conseguiu mudar sua convicção cristã de amar ao próximo como a si mesma.
Corrie e sua família poderiam ter se recusado a esconder os judeus dos nazistas, a fim de não sofrerem nenhuma perseguição. Porém, eles renunciaram à própria segurança para fazer o bem ao próximo, pois não eram do tipo de pessoas que pensam apenas em si mesmas. Este foi o estilo de vida ensinado por Jesus Cristo. Em Marcos 10.45, ele declarou: “Pois o próprio Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e para dar a vida em resgate de muitos.” John Stott comenta que “(…) Cristo deu-se a si mesmo. Embora rico, ele se tornou pobre, a fim de nos fazer ricos” (A cruz de Cristo. São Paulo: Vida, 2006. p. 296).
Como discípulos de Jesus Cristo devemos imitá-lo, seguindo os seus passos. Neste sentido, a atitude que se espera de cada um de nós é a da autodoação em benefício do próximo. Isto requer de nós muito mais do que doarmos coisas. Precisamos doar de nós mesmos, dedicando nossos dons, talentos e recursos para o benefício de outros.
Pr. Cleverson Pereira Rodrigues
Ministro de Evangelismo e Missões da PIBN