PROFETA
“Eu o conheci antes de formá-lo no ventre de sua mãe; antes de você nascer, eu o separei e o nomeei para ser meu profeta às nações.” Jeremias 1.5
Jeremias profetiza no tempo dos reis Josias, Joacáz, Joaquim, Jeoaquim e Zedequias. Ele nasceu por volta do ano 650 a.C, era filho de Hilquias, um sacerdote de Anatote, no território de Benjamim (Jr 1.1). Além disso, sua vocação se deu bem cedo, aproximadamente em 627 a.C, no décimo terceiro ano do reinado de Josias (Jr 1.2). Como um de nós, o profeta sentia-se inseguro diante do desafio que lhe foi apresentado por Deus. Ele foi escolhido para transmitir a Sua Palavra em um tempo extremamente complexo e, por isso, temeu diante deste convite, justificando-se com possíveis empecilhos: “não sou capaz de falar em teu nome! Sou jovem demais para isso!” (Jr 1.6). Entretanto, apesar disso, Jeremias assume sua missão, decidindo marcar a sua geração neste mundo.
PROFECIA
“Seus ouvidos estão tapados e não conseguem escutar. Desprezam a palavra do Senhor e detestam ouvi-la.” Jeremias 6.10b
O livro de Jeremias está imerso no anúncio do juízo divino sobre Israel e Judá. Diante disso, Jeremias foi vocacionado para comunicar a vontade de Deus, que também lhe garantiu Sua presença em todos os momentos, com direito a proteção nas horas mais difíceis (Jr 1.7). A profecia de Jeremias nasce num tempo onde a Palavra o Senhor era desprezível para os judaítas (Jr 6.10), que perseveravam no mal que praticavam diariamente e optavam por seguir o caminho errado (Jr 6.16). Portanto, é nesse contexto que o profeta acusa a infidelidade de Israel e Judá e os convida ao genuíno arrependimento na presença do Senhor.
TEIMOSIA
“Acaso se envergonham de sua conduta detestável? De maneira alguma! Nem sabem o que é vergonha! Portanto, estarão entre os que caírem no massacre; ficarão arruinados quando eu os castigar”, diz o Senhor. Assim diz o Senhor: “Parem nas encruzilhadas e olhem ao redor, perguntem qual é o caminho antigo, o bom caminho; andem por ele e encontrarão descanso para a alma. Vocês, porém, respondem: ‘Não é esse o caminho que queremos seguir’.” Jr 6.15,16
A teimosia de Judá e Israel são por nós bem conhecidas. Porém, se observarmos direitinho o nosso jeito de ser, individual e comunitariamente, iremos nos identificar facilmente com suas histórias. Nesse sentido, os vv. 15 e 16 são fundamentais para entendermos o tempo de Jeremias (e, também, o nosso) à luz da Palavra de Deus. Dois aspectos são marcantes nessa profecia, realçados nestes versos:
1- Não há vergonha pelo pecado praticado!
Não há vergonha nem lá, nem cá!
Parece que o profeta vive em nossa sociedade, visto que a pós-modernidade tornou líquido e subjetivo os conceitos que norteiam saudavelmente o comportamento humano. O pecado não é visto como algo vergonhoso, que precisa ser abandonado. Ao contrário, percebe-se um incentivo à aceitação de tudo que a cultura propõe e nos impõe diariamente. No entanto, embora a sociedade caminhe nessa direção, precisamos reafirmar o compromisso com a Palavra de Deus e anunciarmos que a Verdade não é um conceito abstrato ou subjetivo. A Verdade não está sob análise, ela é evidenciada numa Pessoa, isto é, Jesus Cristo, nosso Senhor (cf. Jo 14,6).
2- A negação do retorno ao caminho correto.
Não sei você, mas conheço pessoas que insistem no caminho errado. Tem gente que, mesmo depois de ser alertado quanto aos seus equívocos, decide persistir no trajeto equivocado.
Concluindo este texto, aqui vão dois conselhos: a) não endureça o seu coração, em razão da presunção e b) por conta da iniquidade, não insista veementemente no caminho da impiedade. Longe disto, faça diferente: abandone o erro, peça perdão e tome a melhor direção!
Que o Senhor nos abençoe hoje e sempre!
Douglas Pedrosa
(Ministro da Juventude PIBN)